segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Análise arquitetônica e cultural das cidades mulçumanas

As cidades árabes conservam uma estrutura básica das cidades do mundo antigo, sendo apenas mais simplificada. Elas mantêm os elementos de construção que são casas, palácios e alguns edifícios públicos, como por exemplo, os espaços de banho que é uma influencia dos romanos, que tinham as termas antigas como lugar público para as pessoas se higienizarem .



A porta de entrada da cidade é quase sempre um edifício monumental, com uma porta externa, um ou mais pátios intermediários e uma porta interna. A partir dessa porta interna, começa as ruas, onde não é possível o encontro e a parada. Esse impedimento se dá por causa do novo sistema de cultura imposto pela religião, o qual produz uma redução das relações sociais, tendo todas as diretrizes a serem seguidas, escrita no alcorão.




As ruas são estreitas formando labirintos e por muitas vezes cobertas, o que não permite uma visão do entorno, impedindo também a orientação por pontos verticais. A cidade é envolta por muitos muros, sendo sua parte mais interna conhecida como Medina. E sua área de comércio, que são ruas alinhadas conhecida como bazar.


Como toda sua criação, sua divisão também é feita levando em conta a religião. De modo que cada grupo étnico religioso tem um bairro distinto. A religião proíbe também a representação da forma humana, por este fato, não se encontra artes figurativas como esculturas e pinturas como havia na antiguidade. 
A decoração é sempre abstrata, composta por figuras geométricas e sinais de escrita.



As cidades árabes, já foram consideradas as maiores e mais ricas do mundo, e foi por longo tempo, o primeiro centro do comercio e da cultura mundial.

Patrícia Alves Souza
(Fonte - História das Cidades, Benevolo, Leonardo)

Mesquitas






                                       MESQUITAS - HISTÓRIA

  Mesquitas são geralmente associadas com torres altas e grandes portais mas a história mostra que nem sempre foi assim. As primeiras eram estruturas simples, o avanço do império muçulmano pela Europa e Ásia teve como resultado a adaptação e absorção de várias outras culturas pela cultura muçulmana, resultando no padrão das construções que vemos hoje.
  
mesquita de kairouan
   A grande mesquita de Kairouan é uma dos mais antigos templos que continua em atividade, é também um exemplo da antiga arquitetura das mesquitas e serviu de modelo pra várias construções ao redor do mundo, principalmente no norte da África.

mesquita de xi'an

   A fusão das culturas locais com a recém-chegada cultura islâmica fica evidente nas mesquitas do oeste europeu, particularmente nas localizadas na Sicília e Espanha; elas não refletem a arquitetura visigoda mas sim uma mistura dela com a arquitetura moura, um exemplo disso são os arcos em forma de "ferradura". Já no leste da China ocorre um fenômeno particular, as estruturas lá feitas não copiam em quase nada a mesquita tradicional, em vez disso temos exemplos de arquitetura chinesa tradicional tendo como diferença apenas a coloração dos telhados (verde para templos islâmicos e amarelo para templos budistas). Na China ocidental temos uma forma adaptada da mesquita clássica que incorpora elementos como minaretes e abóbadas em sua estrutura.


                                 MESQUITAS - ARQUITETURA

   As mesquitas mais antigas são do tipo hipostilo, grandes vãos cheios de colunas que sustentam grandes vigas de pedra que cobrem as salas, esses templos possuem forma retangular com pátios fechados para abrigar a grande quantidade de pessoas que frequentavam o lugar. Um exemplo seria a Catedral de Córdova que tem mais de 850 colunas como suporte

catedral de córdova
 
iwan
   Foi na Pérsia (Irã) que surgiram as primeiras variações no design de mesquitas, elas incorporavam a vasta cultura arquitetônica persa com elementos como abóbadas e grandes arcos que serviam como entrada chamados iwan. O iwan é uma estrutura que ganhou muito destaque nos templos, eram basicamente salões com teto alto e 3 paredes que davam para o pátio da mesquita, eles foram por muito tempo considerados a parte principal do templo já que seriam, supostamente, portais para o mundo espiritual.

cúpula
   No século XV o império otomano introduziu as cúpulas centrais que ficariam marcadas como elementos tradicionais na arquitetura das mesquitas. Essas estruturas foram influenciadas pela arquitetura religiosa bizantina onde representavam o céu e o paraíso e ficavam na grande maioria das vezes acima da sala de oração, porém não exclusivamente. Outra estrutura muito popular são os minaretes, torres delgadas e altas geralmente situada nos cantos das mesquitas, o topo delas é sempre o ponto mais alto de toda a construção como também de toda a área imediata. O primeiro minarete foi construído em 665 na cidade de Basra e tinha como principal objetivo rivalizar com as torres das igrejas cristãs e por isso acabaram tendo o mesmo propósito: chamar os fiéis para o culto.
mihrab
minaretes
                                                                                       

















                                                                                               Jimmy Nogueira   

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Cidades Mulçumanas




Quando nos falamos sobre as cidades mulçumanas em seus primórdios vamos levar em consideração principalmente a sua cultura religiosa, pois a fundação destas áreas urbanas sofrem mutações visuais impactantes de vido a essa relação.
                É notório que seu traçado urbano é totalmente irregular de forma radial, tendo como objeto centralizador seus templos religiosos. Suas ruas estreitas e tortuosas (sete pés, diz a regra de Maomé) levam a cada curva uma surpresa visual distinta para seus transeuntes, se tornando uma cidade nova a cada passo.
                Apesar de existirem diferentes tipos de zonas, a cidade apresenta um aspecto unificador ela é observada apenas como um conjunto dificultando a possibilidade de seu leitor segregá-la em bairros.
                Seus espaços públicos foram retirados em sua maioria, pois sua população não mais sente a necessidade de utilizar esses equipamentos, existindo assim apenas dois espaços públicos, os banhos (que servem para as necessidades do corpo) e as mesquitas (que servem para cultos religiosos).
                 O comercio não se concentra em um único ponto na cidade ele se dispersa por entre as ruas e criam uma intensa dinâmica por toda a cidade.
                A história das cidades esta intimamente ligada à cultura de seu povo, e até hoje é presente com muita convicção em certas partes do globo.
                         




Ass.: Átila Felipe Sales Arruda
(Fonte – Historia das cidades, Benevolo, Leonardo).